quarta-feira, 15 de abril de 2009

3ª temporada - semana 11


pop will eat itself.

3ª temporada - semana 10


estive exercitando sketches espontâneos. esta semana aproveitei uns minutos enquanto íamos à Brasflores para fazer uns estudos. preciso muito voltar a desenhar com regularidade. enquanto isso, vou usando um tempo aqui e ali treinando com meus cartões-postais-que-não-são-cartões-postais-mas-servem-como.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

3ª temporada - semana 08



a piada é velha mas em minha defesa digo que estava pronta há tempos. resolvi fazer quando vi esta camiseta aqui.

silly.

3ª temporada - semana 07




precisava de algo simples para voltar. com a correria do casamento, fechamento de freelas atrasadíssimos e a agonia para arrumar o caos das caixs trazidas da kitinete, voltei a pensar no tempo que eu perco planejando ou pensando demais para fazer tudo perfeito.

nada disso. como disse, precisava de algo simples, sem muito plano, para voltar, antes que não voltasse mais.

a gratuidade do nome não é ironia, mas direcionamento.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

pausa

o projeto 52 está parado nessas duas últimas semanas porque estou de mudança (física) e meu acesso está comprometido. após o carnaval normalizarei tudo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

3ª temporada - semana 06


semana estranha com gente esquisita. alguns atrasos, outros adiantos, resoluções diversas, coisas boas, coisas estressantes. poucas explicações, inclusive minhas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

3ª temporada - semana 05


"Cartões-postais são uma ótima idéia. A Sarah é uma que sempre me cobra enviar cartões pra ela, mas eu digo q ela me envia uns cartões lindos de Paris e aqui em BsB não tem nada parecido." (André Leme Lopes)
 
engraçado que arte postal, fora do contexto, não costuma ter cara de cartão postal. e aí no post que ninguém ia ler o doutor Arapa Jones postou este comentário, e me senti obrigado a desenvolver uns cartões com cara de postais.
 
usando como base uma arte que eu havia feito para o Moviola do IESB, fiz estes dois cartões de Brasília.
 
aí estão, mestre André. podem até não ser bonitos como os de Paris, mas certamente a Sarah não vai achar coisa igual por lá :)
 


segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

3ª temporada - semana 04


outra colagem, feita a partir de uma frase que me veio à cabeça há algum tempo. esse primeiro mês ainda está servindo como aquecimento, mas estou gostando das idéias que estão aparecendo (que bom - alguém está, pelo menos). talvez não estejam parecendo com postais, mas para mim estão saindo mais ou menos como eu havia imaginado de início, lembrando algumas coisas do nick bantock, por exemplo.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

3ª temporada - semana 02


2008 foi um ano bem difícil e desgastante. na verdade nem acho que 2009 tenha começado direito: sinto como se janeiro ainda fosse a sombra de dezembro, os ecos do ano que passou se manifestando em pequenos desastres sem maiores conseqüências. acho que foi desse espírito de espurgar o ano passado que veio a idéia de um 2008 com tiros que o transformassem num 2009.
 
ok, estou explicando. apenas veja e curta (ou não). e que venha 2009. klaatu barada niktu para vocês.

domingo, 4 de janeiro de 2009

3ª temporada - semana 01


esse cartão postal foi embrionado em outro projeto no qual estou envolvido, e surgiu da idéia simples de falar sobre criatividade. comecei com a abordagem clássica do "think outside the box" e a partir daí fui trabalhando diversos elementos que me lembravam essa idéia. o resultado final (ainda que não surpreendentemente original) me agradou bastante.

o post que ninguém vai ler


2008 foi --

foda-se. ninguém quer saber sobre 2008. aliás: eu quero. mas eu não conto, porque sou saudosista, anacrônico e masoquista, e portanto fico horas pensando sobre as coisas que foram, que aconteceram. e tenho uma sintomática pecha para o sentimentalismo, o piegas, o kitsch. mas de qualquer forma, eu precisei olhar para 2008 para entender algumas coisas importantes, incluindo aí este blog.

eu tenho uma relação dúbia com esse tipo de texto, porque se por um lado acho que escrevo um blog para compartilhar impressões, de alguma forma sempre me parece meio pretensioso ficar publicando opiniões, como se estivesse pregando. mas num segundo momento percebi que me preocupar com isso tem mais a ver com medo de não ser levado a sério e de me preocupar com o que os outros pensam do que realmente querer fazer algo "certo".

então, como um exercício de foda-se, acho que me devo escrever esse texto. nem que seja só para mim - já que, no fundo, por mais que sejam assim públicos, blogs me soam como coisas feitas para serem escritas, não lidas.

olhando para o início de 2007, havia uma intenção de criar um blog que me ajudasse a disciplinar a prática do desenho. foi para isso que eu ingenuamente comecei o projeto 52 - e digo ingenuamente porque qualquer um que desenha sabe que uma ilustração por semana não faz de ninguém um desenhista, a não ser que você tenha uma pegada "natural" muito boa.

a iniciativa acabou morrendo na praia na metade do ano. claro que minha primeira reação seria explicar isso com as desculpas de sempre: ano difícil, complicações profissionais, processo de mudança de casa, falta de tempo, bla bla bla. e tudo isso é verdade mesmo. essas coisas todas, juntas, criaram um cenário pouco favorável, que exigiu de mim rever prioridades (como conseguir dinheiro para pagar contas). mas nada disso justifica a falta de disciplina nem de empenho para levar adiante.

nonetheless, aconteceu, e ponto. não há o que ficar discutindo.

fim de 2007. ainda em meio a mudanças (muitas delas, na verdade, adaptações a um cenário que já vinha se firmando nos últimos meses) eu resolvi retomar o projeto, focando agora num sketchbook moleskine que ganhei de um amigo que voltava de uma viagem de L.A. comecei a carregar esse sketchbook por todo lado, fazendo pequenos desenhos sempre que tinha alguns minutos ou algo digno de registro. esse processo seguiu ao longo de todo o ano de 2008 (não sem alguns atrasos e acochambradas) e a uma semana do fim do ano tive o prazer de completar essa segunda temporada, com 52 trabalhos publicados no blog.

(se você chegou até aqui lendo esse post deve estar pensando "e eu com isso?"; mas se você chegou até aqui mesmo com o aviso no título do post, merece ou é tão masoquista quanto eu. então, pare de reclamar e continue lendo.)

ao longo desse tempo, percebi certas coisas, aprendi outras tantas e fiquei inexoravelmente condicionado a aceitar alguns fatos sobre mim mesmo. entre eles:
  • eu sou um ilustrador, não um desenhista. não sei qual é a definição semântica correta (e claro, poderia ter ido pesquisar isso na wikipedia antes de escrever, só que aí perderia o momento literário do texto :), mas para mim, ilustrador é um cara que mostra conceitos visualmente - ou seja, ilustra idéias. desenhista é um cara que sabe desenhar. "desenha um cavalo?" "desenho." "faz um prédio em chamas?" "faço." "e uma cobra que engoliu um elefante?" "larga o Pequeno Príncipe evai estudar desenho, moleque!". enfim, um cara que sabe usar traços para produzir coisas reconhecíveis, literais ou não. e eu não sou um desenhista - sou no máximo um copiador. o que não é ruim, afinal (uma das coisas que aprendi ao diminuir a ansiedade quanto aos resultados de meus trabalhos). desenhistas, para mim, são caras como os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá, ou o Will Eisner, o Angeli, o Laerte, o Dave McKean, o Mike Mignola, o Rafael Grampá. e foi tão bom descobrir isso, porque eu parei de me cobrar para sentar e desenhar 32 páginas em quadrinhos (embora a inveja por quem faz continue) e comecei a pensar em como eu poderia ser um melhor transpositor de coisas abstratas para formas e cores.
  • fazer um desenho por semana não fará de mim um desenhista. isso eu já sabia, mas quando comecei, parti daquela abordagem paleativa de que "antes isso que nenhum desenho por semana". mas qualquer pessoas que desenha profissionalmente sabe que ganho só vem com prática. e eu sou muito disperso - tenho mil áreas de interesse, infelizmente todas subestimadas por essa falta de foco.
  • trabalhar em espaços reduzidos impacta diretamente no resultado do trabalho. quando decidi registrar idéias de desenhos num molesquine pouco maior que uma carteira, não pensei que faria alguma diferença. ledo engano (desculpem o clichê). acostumado a trabalhar em folhas A4, depois dos primeiros desenhos percebi que eu tinha que rever minha abordagem de diagramação, material e até tema.
  • eu saí de uma proposta de desenho para uma proposta de design/ilustração. claro que o foco da segunda temporada já não era mais me dedicar a desenhos, mas na verdade essa mudança foi pavimentada no momento em que decidi explorar as idéias de um sketchbook, ao invés de desenhos temáticos, como no ano anterior. e isso só ficou mais e mais claro ao longo do ano - embora no meio do caminho eu tenha sim feito muitos desenhos.

descobri diversas outras coisas ao longo do ano, mas não vem ao caso colocá-las todas aqui (até porque nem me lembro de todas - ultimamente tenho tido altos bloqueios de escritor, e as idéias me fogem antes de eu chegar no computador). então sobra falar sobre a próxima temporada.

pensando nessa reflexão toda e vendo para que lado as coisa estavam caminhando, resolvi escolher um foco que me permitisse explorar ainda mais esse caminho do meio entre ilustração/design/layout/tipografia. a primeira escolha tinha sido criar estampas para camisetas, mas abortei a idéia porque isso exigiria mais de texto do que eu acho que gostaria nesse momento. pensei em algo mais aberto, e fiquei entre cartazes e cartões postais.

acabei ficando com a arte postal mesmo. primeiro porque são designs que abrem uma possibilidade prática de serem utilizados - eu posso efetivamente transformar isso em cartões postais, se desejar. e segundo porque me permitiria continuar aprimorando técnicas para desenvolver layouts em espaços reduzidos - na verdade, um cartão postal não é muito maior que as páginas de moleskine.

é, isso, então. eu gostaria de ter postado iso antes da virada do ano, mas não consegui por causa das correrias normais da época. mas isso pode ser um sinal, se você acredfita em sinais. talvez simbolize a necessidade de esperar os tempos das coisas, de ser menos afoito e ansioso, especialmente nessas datas tradicionalmente ansiosas. expectativas, aliás, que estão no topo da minha lista de resoluções para o novo ano.